O que é Microformats?

A função destas especificações é enriquecer a informação inserida em páginas web com meta
informação. “Meta” é uma palavra de origem grega que significa “além
de” (beyond) e é usada geralmente como prefixo em palavras que indicam
conceitos que explicam ou falam de outros conceitos. Esta é a função
das meta tags, fornecer informações que “estão além” daquilo que é visto
em um primeiro momento, ou seja, o próprio conteúdo. Mas microformats
se refere a descrever trechos de conteúdos específicos de um site, como
datas de eventos, informações de contato, descrição de links etc,
coisas que estão além do escopo das conhecidas meta tags.
Ou seja, tratando “pequenos formatos” (micro + format) de dados
(informação) válidos no código do seu XHTML é possível enriquecer a
maneira com a qual lidamos com a informação e a maneira pela qual as
máquinas armazenam, indexam, organizam e relacionam toda essa
meta?informação. A função dessas especificações é fornecer o máximo de
meta?informação sobre o conteúdo que você insere, ou seja, descrevendo
os seus próprios dados.
Por que Microformats?
Pense na quantidade de informação que existe hoje circulando na web.
Pense nos seus e-mails, nos comentários em blogs, nos artigos, nas
fotos, versões de arquivos, textos, documentos, arquivos de áudio e
vídeo, feeds etc. Para organizar toda essa informação com precisão é
preciso padrões. Os mecanismos de busca e os spiders possuem um
algoritmo cuja função principal é verificar o que é mais relevante, de
forma a criar relações entre as informações obtidas sobre cada
documento da web, que por sua vez geram ratings e rankings baseados
nestas inter?relações.
Parte desse critério de avaliação é relacionar a meta informação com a
própria informação. Quando você digita uma palavra no Google, ele vai
retornar uma lista do que é mais relevante relacionado com a palavra que
você digitou. As tags do HTML/XHTML são relativamente muito limitadas
para descrever todos os diferentes tipos de informação que nós inserimos
na web. Microformats tenta suprir esta lacuna estendendo para um outro
nível as possibilidades de descrever esta informação.
Qual o ambiente propício para Microformats? Como posso aplicar isto?
Para aplicar Microformats
é preciso aprender antes de mais nada a utilizar um código
semanticamente correto. A primeira descrição de dados real começa pelo
uso das tags certas com o objetivo pelo qual elas foram criadas. Veja em
outro artigos sobre como definir isso, qual a melhor maneira de exibir dados tabulares, listagens, headings etc.
Modularidade
Com um código bem formatado e tags usadas corretamente, está lançado o
ambiente perfeito para você aplicar microformats em trechos
específicos de códigos para resolver questões específicas.
Praticamente em tudo que você for ler sobre Microformats, uma coisa
que deve estar bem clara na sua mente é o conceito de modularidade.
Pense que uma página escrita em (X)HTML é feita de diversas partes e de
diversos trechos distintos de código. Temos links, parágrafos,
listagens, tabelas (sim, por que não?), abreviações, endereços, títulos e
subtítulos e por aí vai. Compare isso com várias peças de Lego
encaixadas uma nas outras. Imagine que você pode arrancar ou colocar
outras peças sem descaracterizar o restante ou ter que fazer tudo do
zero. Isso é modularidade. Se um trecho está errado, jogue o trecho fora
e coloque outro no lugar. Simples assim! Microformats te fornece várias
peças diferentes, para problemas específicos, que podem ser colocadas
onde for necessário sem que você precise refazer alguma coisa do início.
A W3C dedicou toda uma documentação chamada de Modularization of XHTML
(Modularização do XHTML ), que serve de base para poder compreender que
modularidade está no sangue do XHTML. Nesta documentação você vai
encontrar vários tópicos terminados com a palavra “module”, que
traduzido do inglês significa “módulo” ou “unidade”. Ou seja, são
dezenas de unidades (módulos, peças) individuais que podem fazer parte
de um documento XHTML, seja ele complexo ou simples. As especificações
Microformats se aproveitam desse conceito e oferece soluções
padronizadas e semânticas prontas para serem encaixadas onde for
necessário. Se você tem um site e se o código dele é semanticamente
correto, basta você implementar e tratar estes trechos específicos sem
precisar de alterações estruturais.
O manifesto Microformat é o seguinte:
- Criado para resolver problemas específicos.
- Ser o mais simples possível
- Criado primeiro para humanos e máquinas em segundo lugar
- Reutilizar blocos de código o quanto for necessário, utilizados dentro dos padrões web.
- Aplicação em blocos e trechos específicos (modularidade)
Microformats na prática
Se você entendeu todo este conceito até aqui, é mais fácil entender
como usar. Como uma série de especificações, esta também possui padrões
a serem seguidos. Microformats já possui algumas especificações estabelecidas e alguns drafts que ainda não foram completamente estabelecidos. A série de especificações é:
- hCalendar: é um microformato para eventos
- hCard: é um microformato para contatos
- rel-license
- rel-nofollow
- rel-tag
- VoteLinks
- XFN (http://gmpg.org/xfn/)
- XMDP (http://gmpg.org/xmdp/)
- XOXO
Estas especificações oferecem aos autores padrões suficientes para
descreverem suas informações de forma mais consistente possível. Elas
são aplicadas combinando tags e nome de classes para descrever a
informação.
O atributo “rel” deve ser usado para indicar a relação que o site que insere o link tem com o site referenciado. Para isso foi criada uma série de profiles distintos que representam diferentes tipos de relação que o seu site pode ter com os sites que você linka.
Para aplicar Microformats, basta começar, agora mesmo. Alguns podem
pensar que Microformats é algo apenas restrito aos early adopters. Mas
fico feliz em lembrar que essa resistância também esteve presente quando
começou a se falar sobre CSS, RSS, Tableless, XHTML e por aí vai.
Exemplo de codificação HTML utilizando o microformato hCalendar:
Código:
<div
class="vevent">
<h3 class="summary">Feira de Roupas</h3>
<p class="description">Feira anual
de roupas: Considerado o maior evento de de venda de roupas do pais</p>
<p>Será realizado de <abbr
class="dtstart" title="2014-06-14">14</abbr> a
<abbr class="dtend" title="2014-06-14">14 de junho de
2014</abbr></p>
<p>Local: <span class="location">Bienal,
São Paulo, SP</span></p>
<a
class="url" href="http://www.feiraderoupas.com.br/">http://www.feiraderoupas.com.br/</a></div>
Observe que ao atribuir a classe “description” à tag
,
rotula a informação da tag, deixando claro que seu conteúdo é a
descrição do evento. Logicamente essa classe só tem valor semântico se
estiver dentro de uma tag com a classe “vevent”. Além do atributo
classe, o atributo “title” também é usado para informar conteúdo, como
acontece com “dtstart”. Note que em “title” o formato da data está
em ISSO 8601, que é um formato de fácil leitura para um robô de busca.
Já o conteúdo da tag apresenta um valor humanizado, que será apresentado
pelo navegador.
Código:
<div class="vcard">
<span class="fn n">Cibele Ribeiro</span>
<div class="org">Instituto de Tecnologia</div>
<div class="adr">
<div class="street-adress">Avenida das Nações Unidas, 2345</div>
<span class="locality">São Paulo</span>
<span class="region">SP</span>
<span class="postal-code">07639298</span>
</div>
</div>
O microformato hCard confere a você um modo de apresentar informações para contato, incluindo pessoas, organizações e locais, utilizando atributos de classe XHTML. É um dos muitos padrões detalhados no Microformats Project (consulte http://microformats.org/), cuja meta é fornecer um padrão para codificação de informações que sejam legíveis por máquinas, em páginas web utilizando HTML semântico. Assim como um padrão de design, um hCard padroniza a forma pela qual a informação é representada, permitindo que softwares de terceiros coletem a informação e façam dela bom uso.
Utilizando o H2VX, que é uma implantação de produção do X2V hCard e transforma conversão hCalendar, sendo feita a
tradução de microformatos para criar um link que permita o usuários baixar
ou mover o conteúdo para outro local.
Ele converte hCard contatos e hCalendar eventos em páginas da web para. vcf e. ics, respectivamente, para uso em desktops e outras aplicações de software cliente.
Referência:
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